ESTUDO REVELA QUE CONSUMIDORES NÃO ESTÃO DISPONÍVEIS A PAGAR MAIS PARA TER SERVIÇOS SEM FIDELIZAÇÃO

 Estudo revela que consumidores não estão disponíveis a pagar mais para ter serviços sem fidelização

 

Fidelização não constitui um obstáculo fundamental à mudança de prestador de serviços

 

A maioria dos portugueses inquiridos num estudo da Marktest não está disponível a pagar mais pelos serviços de comunicações eletrónicas em favor da remoção da fidelização.

 

Apenas 24% dos inquiridos diz estar disposto a pagar um valor extra (preço de instalação/ativação e/ou acréscimo à mensalidade) para eliminar o período de fidelização associado ao pacote de serviços. Essa proporção reduz-se para 17% quando a questão se refere a reduzir o período de fidelização.

 

O estudo desenvolvido pela Marktest a pedido da APRITEL e apresentado esta terça-feira num webinar organizado pela associação, utiliza as mesmas questões que foram efetuadas num questionário realizado a pedido da ANACOM em 2017 num estudo dedicado a fidelizações.

 

Quando questionados sobre se estariam disponíveis para renovar/prolongar o período de fidelização se lhe forem oferecidas melhores condições de serviço e/ou descontos, dois em cada três inquiridos respondem que sim. De acordo com os resultados do estudo, 80% dos inquiridos consideram, ainda, que o pacote de comunicações que atualmente têm corresponde ao que procuravam.

 

Adicionalmente, o estudo conclui que a esmagadora maioria dos consumidores em Portugal está informada sobre o seu contrato de fidelização e sabe onde recolher essa informação. Apenas 3,6% dos inquiridos não sabem qual o seu período de fidelização associado ao seu contrato, mas destes, 2 em cada 3 sabem onde procurar essa informação: através do Apoio ao Cliente (50%) ou indo à Área de Cliente (25%).

 

A maioria dos consumidores toma decisões conscientes acerca do período de fidelização que pretende, tendo em conta os benefícios que lhe são propostos.

 

“O estudo que hoje a APRITEL deu a conhecer apresenta uma imagem clara e sustentada da realidade das fidelizações no mercado das telecomunicações em Portugal. Os consumidores não encaram as fidelizações como um entrave à mudança, nem estas constituem um fator de desconforto nem um desvirtuar da concorrência no mercado. Fica patente que as pessoas sabem qual é o seu período de fidelização e procuram, acima de tudo, ter a melhor solução para as suas necessidades de comunicações eletrónicas, com o pacote de serviços a ser a solução com maior valor acrescentado”, afirma Pedro Mota Soares, Secretário-Geral da APRITEL.

 

“As atuais regras de fidelização são equilibradas, trazem benefícios claros aos consumidores e têm permitido um elevado nível de investimento e inovação (o rácio Investimento/Receitas em Portugal é superior à média da UE), bem como a manutenção de preços baixos a par de um elevado nível de qualidade serviço e a manutenção de preços baixo”, conclui o Secretário-Geral da APRITEL.

 

Segundo o documento, 94% dos inquiridos tem um contrato de comunicações eletrónicas com um período de fidelização associado. A esmagadora maioria dos clientes, cerca de 85%, detém um contrato de 24 meses. Apesar desta prevalência de contratos com fidelização, apenas 8% dos inquiridos identifica a fidelização como a principal razão para não terem ainda mudado de prestador.

 

Ainda de acordo com o estudo, 58% do mercado já mudou de prestador de serviços pelo menos uma vez (33% nos últimos 5 anos), o que revela o grande dinamismo do mercado português das telecomunicações. Relativamente aos clientes que já mudaram de prestador, o fator preço foi, sem dúvida, o driver principal de mudança, aliado à atratividade da nova oferta.

 

Conclui-se, assim, que a mudança entre operadores no mercado acontece, com os consumidores a ter em conta fatores de competitividade como o preço ou a atratividade global dos pacotes de comunicações eletrónicas, não constituindo o período de fidelização um obstáculo fundamental a essa mudança.

 

Maioria dos portugueses considera que os pacotes são vantajosos

A maioria dos portugueses inquiridos considera que a agregação de serviços de comunicações eletrónicas num pacote é vantajosa. De acordo com o estudo 67% dos inquiridos vê vantagens na agregação dos serviços - numa escala de 0 a 10 a maioria das opiniões situa-se nos quatro valores mais elevados.

 

O estudo revela ainda que se o valor global a pagar no final do mês pelos serviços que contratam em pacote fosse igual a contratar cada um dos serviços isoladamente, 80% dos inquiridos manteria a opção de pacote ou seria indiferente. A conveniência e a fatura única determinam a opção por pacotes.

 

O estudo foi desenvolvido pela Marktest entre 1 e 29 de março de 2021 e contou com uma amostra de 2015 entrevistas, desenhada proporcionalmente ao universo em estudo, considerando as variáveis género, idade e região e ainda o perfil do decisor das telecomunicações (Barómetro Telecomunicações 2020 – Marktest).

 

Informações adicionais:

Gonçalo Santos | goncalosantos@lpmcom.pt | 961 571 727

Pedro Rio |  pedrorio@lpmcom.pt | 961 528 471

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